De acordo com dados divulgados em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria das empresas fecha depois de cinco anos. O mesmo instituto revelou, por dados divulgados em 2018, que por três anos consecutivos (2014-2016),o Brasil fechou mais empresas do que abriu. Obviamente, esses números são fundamentados nos mais diferentes indicadores, desde a crise econômica no Brasil que começou em meados de 2014 até a má gestão dos negócios. Contudo, sem dúvidas, em um cenário em que se manter é um desafio diário, qualquer gestor deve estar sempre atento a um assunto que pode determinar o rumo de todos esses números: a gestão de riscos financeiros.
Você sabe o que é, como fazer e qual a importância do assunto? Se você respondeu não pelo menos uma dessas perguntas, é o momento de acender o alerta! A gestão de riscos financeiros é essencial para a sustentabilidade e manutenção do seu negócio. Acompanhe: neste post, vamos entrar em todos os detalhes.
O que é a gestão de riscos financeiros?
O nome já sugere do que estamos falando. “Risco” é qualquer possibilidade de prejuízo em determinada atividade – seja ela um negócio, um projeto acadêmico ou mesmo uma construção civil. A probabilidade de existir um risco (e definir o quão grave ele é) nem sempre está no controle dos envolvidos – e, aqui, estamos falando de você, como gestor da empresa. Os riscos, nesse caso, dizem respeito às finanças do negócio.
A proposta da gestão de riscos financeiros é avaliá-los minuciosamente, estudar a possibilidade deles acontecerem e, assim, utilizar metodologias que reduzem a probabilidade de que eles aconteçam e afetem o seu negócio. Ou seja: a gestão de riscos financeiros tem o intuito de reduzir as chances de o reflexo negativo do mercado (ou de outras áreas, que explicaremos melhor ao longo do texto) recair sobre o seu negócio. Isso tudo é feito por meio de estatísticas e probabilidades – e essa avaliação, que não deixa de ser uma medida gerencial, permite a antecipação e identificação desses possíveis impactos negativos.
Alguns exemplos de riscos financeiros são:
- Informações não confiáveis ou pouco estudadas que guiam as decisões do negócio
- Vulnerabilidade frente às variações de câmbio ou taxas juros
- Incerteza ou desconhecimento acerca do retorno de investimentos ou outras operações financeiras
- Quantidade alta de dívidas
- Má administração financeira
Os riscos podem ser divididos entre quatro tipos. São eles:
Riscos operacionais: aqueles que envolvem a falha da equipe, processos ou sistemas internos.
Riscos de mercado: esses são riscos resultantes das oscilações de preços e taxas do mercado.
Riscos de crédito: muito comum entre as empresas de empréstimo, esses riscos podem ser definidos pela possibilidade de não pagamento do cliente ou pagamento com atraso.
Risco de liquidez: refere-se à capacidade que a empresa tem, ou não, de arcar com suas próprias despesas (o que envolve folha de pessoal, contas para manter o estabelecimento e por aí vai).
E como fazer gestão de riscos financeiros?
A “fórmula mágica” não existe – varia de acordo com o risco e com o tipo de negócio. Em comum entre as empresas, há um caminho pré-determinado a ser seguido para fazer a avaliação dos riscos financeiros: planejamento, direção, organização e controle das incertezas (mercadológicas e físicas).
Vamos a um exemplo de risco operacional: suponha que o seu negócio seja uma empresa que comercializa diferentes softwares. Provavelmente sua equipe trabalha com computadores ou outros dispositivos de tecnologia. Se um desses equipamentos estraga, você terá gastos para consertá-lo (ou comprar outra, se for o caso), prejuízo no andamento do processo e, talvez, comprometimento das entregas ao cliente. Esses impactos podem gerar prejuízos que impactam no longo prazo: cliente insatisfeito, má reputação, perda de contratos e por aí vai.
Desenhada essa hipótese, é o momento de traçar um paralelo entre a probabilidade de que ela aconteça e as perdas financeiras que ela pode gerar. A forma mais simples – e, vale lembrar, não é a única – de calcular esse risco é multiplicando a probabilidade de acontecimento com as perdas financeiras. Essa conta é indicada para calcular o grau de riscos que afetam apenas uma área da empresa. Há outras ferramentas como a What If, Análise Preliminar de Riscos (APR), Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA) etc.
Caso você não domine o assunto, vale procurar a ajuda de um profissional especialista ou mesmo contratar um colaborador que seja responsável para fazer a gestão de riscos financeiros com as ferramentas adequadas à realidade da sua empresa.
Dicas para evitar os riscos financeiros
Um bom caminho para reduzir os riscos financeiros é contando com o auxílio da tecnologia: os softwares de gerenciamento financeiro – como os de gestão de reembolsos ou controle financeiro empresarial – podem ser ótimos aliados. Aplicativos como esses podem, por exemplo, simplificar e agilizar o monitoramento do fluxo financeiro e o lançamento de receitas e despesas, favorecendo a eficiência no gerenciamento.
Ficou perceptível como uma gestão de riscos financeiros pode determinar o sucesso da sua empresa e até evitar falências, não é? Se você se interessou e quer mais dicas que podem ser úteis para a saúde financeira do negócio, saiba tudo sobre a gestão de custos corporativos.