Há uma infinidade de termos de metodologias, práticas, diretrizes e regras que rodeiam o mundo corporativo. Se você é gestor de uma empresa, provavelmente já se deparou com um monte deles – e até insere alguns em seu dia a dia. No post de hoje, vamos falar especificamente de um: a governança corporativa. Você sabe o que é, como funciona ou mesmo se é uma boa ideia para a sua empresa? Se ainda não, é hora de mergulhar no assunto. Vamos lá!
O que é a governança corporativa?
Se a governança corporativa pudesse ser resumida em uma expressão simples, ela seria chamada de as regras do jogo. Não é nada mais que isso, no fim das contas: a governança corporativa é o que dita a “ordem” de uma empresa: são as diretrizes que determinam e criam sentido para o dia a dia da empresa – e, muitas vezes, favorece a agilidade, produtividade, autonomia e transparência de cada uma das atividades. Então, em linhas gerais, podemos dizer que é um grupo de práticas e processos que conduzem a administração de um negócio e media os interesses de sócios e administradores.
Entre os benefícios que uma governança corporativa bem implementada pode trazer, estão:
- Aperfeiçoamento dos processos de administração da empresa
- Direcionamento para tomada de decisões estratégicas
- Ganho de credibilidade perante os investidores
- Organização dos processos
- Controle e qualidade na gestão
- Sustentabilidade econômica
- Redução da possibilidade de fraudes
Os quatro princípios da governança corporativa
A governança corporativa é guiada por quatro princípios fundamentais. São eles que, em níveis mais altos ou mais baixos, guiam as práticas adotadas na definição da governança corporativa. Veja quais são:
Transparência
Como o próprio nome sugere, esse princípio estabelece a regra de que todas as informações devem ser compartilhadas, e não apenas aquelas que tratam apenas de um assunto específico (e para um público específico). Além disso, tudo o que for decidido e adotado no que diz respeito à governança corporativa deve ser compartilhado com todos que se relacionam com a empresa – desde clientes e fornecedores à sociedade.
Equidade
Diretamente relacionado ao princípio da transparência, a equidade fala justamente do tratamento igualitário para todos os sócios e stakeholders. Portanto, os direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas de todos os públicos devem ser considerados de maneira justa e igual.
Prestação de contas
Para que os dois últimos princípios funcionem perfeitamente, também é necessário que a prestação de contas seja um compromisso de todos os envolvidos. Por isso, todos devem prestar contas de sua atuação de maneira transparente, assumindo seus comportamentos e respectivas responsabilidades.
Responsabilidade corporativa
Todos os envolvidos da empresa devem estar dispostos a zelarem pela viabilidade econômica e pela viabilidade financeira da empresa em questão. Assim, devem assumir uma postura que busque reduzir os impactos negativos e evidenciar os positivos – e tudo isso deve ser feito considerando todas as áreas e no cenário de curto, médio e longo prazo.
O que não pode faltar em uma governança corporativa
Reuniões de acompanhamento (com seus devidos registros)
Assim como em qualquer área ou atividade do dia a dia, organização é imprescindível. Isso pode envolver reuniões que acontecem com o intuito de compartilhar status de projetos, novas diretrizes corporativas, planos estratégicos de ação, KPIs e por aí vai. Para que as informações não se percam e a governança corporativa seja estimulada, também é necessário que haja um registro desses encontros. Crie, por exemplo, uma ata que descreve cada uma delas, indica os participantes e desdobra os assuntos tratados. Novos investidores, por exemplo, podem se guiar por meio delas – e isso será bem mais fácil e prático do que você fazer o trabalho “retroativo”. Além disso, faça o mesmo com projeções financeiras e quaisquer outros registros que tenham cunho estratégico para o negócio.
O estabelecimento de uma hierarquia transparente
Essa informação pode parecer até óbvia, mas há muitas empresas que não levam isso em conta. É extremamente importante que cada colaborador saiba exatamente a quem responde em cada situação. Imagine que um colaborador da sua empresa recebeu uma tarefa demandada por você e outra pelo diretor de finanças – qual delas ele deve priorizar? Ele pode ficar confuso. Portanto, lembre-se de deixar claro quem é a liderança imediata de cada um dos integrantes do time. Também é importante que exista um “coringa” nesse cenário: um presidente, por exemplo, que possa dar a palavra final em caso de impasse em situações conflituosas.
Formação de um Conselho Consultivo
Um Conselho Consultivo é peça-chave para uma governança corporativa bem feita. Nada mais é do que do que um grupo de pessoas (normalmente de três a cinco, mas a quantidade pode variar de acordo com o tamanho da empresa) que são confiáveis e estão dispostos a auxiliarem a empresa em diferentes situações (desde que voltadas para a otimização do negócio). A frequência de atuação desse Conselho pode ser definida pelo próprio gestor.
Gostou de saber mais sobre a governança corporativa e acha que ela pode ser útil para o seu negócio? Então você também vai querer ficar por dentro de tudo que envolve a gestão de riscos financeiros.